Conta uma lenda que Xangô, então marido de Iansã, enviou-a a fim de buscar um preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Ela, desobedecendo às instruções do esposo, experimentou esse preparado, tornando-se também capaz de cuspir fogo, para grande desgosto de Xangô.
No entanto, ela foi a única das mulheres de Xangô que, ao final do seu reinado, seguiu junto com ele.
Em outra lenda, Oyá, nome pelo qual é conhecida na África, transforma-se em búfalo.
De qualquer maneira, Iansã é um Orixá que, contrariando os padrões ou não, está sempre em ação.
Divindade dos ventos e tempestades, domina o elemento ar.
No tempo, ela atua os espíritos desvirtuados no campo da fé, reequilibrando e direcionando, ou enviando-os ao tempo para terem seus negativismos esgotados, se for o caso.
Na Justiça atua com Xangô, transformando os seres.
Na Lei atua com Ogum, ordenando tudo segundo os ditames divinos, aplicando a lei no campo da justiça.
No cemitério, como Iansã Bale, ou das Almas, atua sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da Lei que dão sustentação à vida, enviando-os aos domínios de Omulú.
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