Iemanjá no Brasil

No Brasil, Iemanjá se tornou uma importante divindade dos cultos de religiões de matriz africana. Sua vinda pra cá está relacionada com a escravidão de africanos, responsável pela migração forçada de milhões deles ao Brasil. Entre os escravizados estavam os iorubás, que cultuavam Iemanjá.

Em geral, a presença de Iemanjá no Brasil a ressalta como uma divindade bondosa, protetora e que zela pelos seus filhos, sendo portadora de um grande poder. Além disso, passou a ser retratada como uma mulher negra de seios fartos, e, em algumas representações, possui uma criança no seu colo. A roupa que usa é azul-clara, uma associação direta com a água.

A aculturação que Iemanjá sofreu no Brasil por meio do processo de sincretismo fez com que, muitas vezes, ela fosse representada como uma mulher branca.  Houve também um sincretismo de Iemanjá com o mito da Iara, presente no folclore indígena. Assim, muitas vezes Iemanjá foi retratada como uma sereia.

Seu culto, que era ligado com os rios, passou a ser associado com os mares quando chegou aqui, fazendo com que a concha marítima se tornasse um de seus símbolos. Além disso, o culto a Iemanjá foi sincretizado com o da Virgem Maria, figura de grande importância no catolicismo. O papel de Iemanjá como Grande Mãe se associou com o de Maria, mãe de Jesus. Ela ainda foi associada com Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, entre outras.

A associação de Iemanjá com o mar fez com que ela se tornasse protetora dos marinheiros e pescadores. Na crença, todos os que navegam no oceano estão sob sua proteção.

Os adeptos das religiões de matriz africana fazem orações e oferendas a Iemanjá como forma de respeito a Ela mas também para ter seus pedidos atendidos.

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