“Sabias que quando choras pelos teus mortos, choras por ti e não por eles.
Choras porque os “perdeste”, porque não os tens ao teu lado. Achas que tudo termina com a morte. E achas que eles já não estão. Então, se os teus mortos já não estão, onde estão? Se eles se foram, ou agora estão noutro lugar, esse lugar é melhor do que este?
Sim, definitivamente esse lugar é melhor do que este. Então por que sofres com a partida deles?
Quando acabares por aceitar que eles já “Não estão aqui”, mas que eles estão noutro lugar ainda melhor do que este, pois onde eles estão já não estão doentes nem a sofrer, então vais parar de chorar e recuperá-los na memória para que eles te continuem a acompanhar com a alegria de tudo que já viveram.
Não morras com os teus mortos. Revive-os no teu coração. Se tu realmente os amavas, volta a amá-los e desta vez com maior força, com maior pureza. Com maior entrega.
Bem, não haverá mais censuras de nenhum tipo. Só o amor será a essência entre vocês, entre eles e nós – a essência do amor incondicional. Agora o teu amor será puro e incondicional. Já não os amamos por necessidade ou medo.
Nós respeitamos a tua dor, e a tua maneira de a expressar. Nós sabemos que choras e chorarás sem consolo. Mas… hoje nós dizemos-te:
“Não morras com os teus mortos”. Deixa-os partir, como partem as andorinhas no Outono, para nidificarem noutros climas e voltarem mais numerosas e crescidas, noutra Primavera. Deixa-os voar para a Fonte do Amor de que estão ansiosos por partilharem conosco.
Enxuga as tuas lágrimas e ama-as. Lembra-te que nós só estamos a ver um lado da moeda. Não estamos a ver o outro lado. Nós não estamos a ver o lugar maravilhoso de luz onde eles estão.
Não morras com os teus mortos… honra-os vivendo a tua vida como eles gostariam que tu fosses.”