No caminho da espiritualidade verdadeira, a palavra tem força de juramento. O que se fala diante de Orixá, diante de um Sacerdote (a), diante dos Ancestrais, não pode ser lançado ao vento como folha seca que o tempo leva. Aquele que promete e não cumpre, que diz e depois nega, planta desonra nos pés da própria alma.
Na Umbanda a palavra é vida, é destino. O que se diz, molda o caminho de seu axé. Falar e não cumprir é quebrar o pacto com o mundo invisível, é se ferir, é desrespeitar os testemunhos do céu. O Espiritual ouve.
A palavra que dizemos nos traz honra, a palavra que mantemos nos dá confiança, mas aquele que fala e não cumpre, é a tristeza que o afasta do Espiritual
Eles observam, o tempo da mentira chega, mas também chega o tempo do retorno. Quem não cumpre o que fala constrói com as mãos e derruba com a boca.
Se não formos verdadeiros, não carregaremos o axé dos nossos ancestrais com dignidade.
Quando chamamos pelos Orixás, Eles responde, mas Orixá não se agrada daquele que não honra a verdade.
Não prometa ao Orixá o que não pode cumprir. Melhor o silêncio digno do que a fala vaidosa. Melhor a ausência sincera do que a presença mentirosa.
Que nossa boca seja templo de verdade. Que nossa palavra firme seja escudo e honra. Que nossa conduta nunca nos envergonhe diante dos olhos do Orixás.