Na Umbanda, os cachimbos das Entidades têm um significado espiritual profundo e múltiplas funções dentro dos rituais. Eles são considerados instrumentos sagrados de conexão, limpeza e oferenda.
O cachimbo é visto como um elo entre o mundo material e o espiritual, facilitando a comunicação com os guias (como pretos-velhos, caboclos, exus, etc.).
A fumaça do tabaco sagrado (geralmente usado nos cachimbos) simboliza a elevação das preces e intenções aos Orixás e Espíritos Ancestrais.
A fumaça do cachimbo é usada para defumação, afastando energias negativas, miasmas e espíritos obsessores.
Muitas entidades, especialmente os Pretos-Velhos, usam o cachimbo para fumar, e com isso retiram os males espirituais de seus filhos (consulentes), limpando seu campo áurico.
Entidades, como Exus, utilizam o cachimbo em ritos de abertura de caminhos, quebras de demandas e descarregos.
O ato de fumar pode representar a queima de obstáculos ou o fechamento de trabalhos negativos.
O tabaco (ou outras ervas usadas) é considerado uma oferenda aos Guias, que muitas vezes se alimentam da energia liberada pela fumaça.
Em certos ritos, o cachimbo é partilhado em forma de ponto de força, fortalecendo a corrente mediúnica.
Para Entidades como os Pretos-Velhos, o cachimbo também representa paciência, sabedoria e tranquilidade, lembrando a importância da reflexão e do equilíbrio.
O ritual de acender o cachimbo muitas vezes marca o início de um momento sagrado, de conversa e aconselhamento espiritual.
O uso do cachimbo varia conforme a linha de trabalho da entidade e a tradição da casa. Alguns Terreiros utilizam cachimbos específicos para cada Guia, enquanto outros têm um cachimbo central consagrado. O tabaco empregado também pode ser misturado com ervas de proteção (como alecrim, arruda ou guiné), dependendo da finalidade.
