Em tempos antigos, todos sabemos, que mulher, não ocupava espaço em nenhum cargo político ou bem remunerado, elas só serviam para satisfazer seus maridos e criar os filhos, cuidando dos lares.
Houve uma mulher que com a paixão de seu marido, foi colocada a ocupar um cargo que daremos o nome de “governadora” ela obteve a admiração de todos de sua cidade, pessoas vinha a ela reclamar de suas misérias, e como a política poderia não ajudar ela tirava um de seus pertences com pena de cada criatura, e lhe dava para que pudessem ter uma boa alimentação pelo ao menos durante os próximos meses que seriam difícil, e assim ela governava.
Quando não poderia ajudar de uma forma de leis ela sentia pena dos que passavam fome, e ela era rica, em ouro e joias, seu marido morreu, e lhe deixou um filho homem, veio um segundo marido, alguns deles usavam de violência.
A riqueza dela aumentava, assim como a admiração do povo e eles a chamavam de “rainha divina, a deusa encantada”, assim foram durante seus relacionamentos, ela se casava engravidava e ficava viúva, o que ela não sabia é que havia nascido predestinada a cuidar daquele povo e criar e educar cada filho seu, amar acima de tudo a seu povo e seus filhos.
Olhando para seu filho mais velho, lhe disse; eu quero minha liberdade! Cuide de tudo que temos eu quero ser mulher, viver minha vida, e assim antes do amanhecer, ela se foi. Deixando para trás sua cidade, seu ouro, seu povo ,seus filhos e sua pureza.
A cada cidade que chegava, com a ânsia de liberdade e de prazer ela procurava lugares que haviam homens, cabarés, prostibulos, e assim foi, ficava em casa de prostituição vendendo seu corpo, e quando as pessoas a procuravam ela já havia saído, indo para outra cidade, e era a mesma coisa, e assim passaram os anos, ela ficava, se prostituia, quando as pessoas se acostumavam com sua presença ela ia embora sem avisar ninguém.
Passaram longos anos, a beleza foi se perdendo, ela tinha que vender o corpo para qualquer coisa, não tinha dinheiro para nada, era preciso deitar com homens para poder ter uma refeição, deitava com qualquer um de qualquer espécie.
Já não tinha mais roupas, andava como mulambo, com roupas rasgadas, e morava na rua, andando sozinha.
Houve uma chuva, uma forte chuva que ficou dias caindo, ela andava na chuva, andou bastante, e ficou com febre e doente, contraiu tuberculose, tossia sangue, hemorragia em todo seu corpo, pelos canais do seu corpo saia sangue, e assim sozinha ela se deitou na estrada e desencarnou.
Quando amanheceu passou uma carruagem, e um homem olhou o corpo estendido e achou que conhecia aquele rosto, ele a reconheceu, pois era um de seus súditos mais fiéis. Ele recolheu o corpo dela e levou de volta para a cidade, quando chegou o povo queria se despedir dela, foram três dias de velório. O filho havia gasto toda a riqueza dela, o povo sofria e passava fome. E eles lamentaram a sua partida, a sua morte, o povo quis que o servo que a recolheu lhes representa-se, a partir do dia que ela retornou, a plantação voltou a crescer, o alimento voltou, a cidade cresceu e todos disseram que foi porque ela voltou para o povo.