Certa vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos, frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, pois as ordens era aniquilar o exército de Xangô. E, assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde Xangô estava.
Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia, mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos e pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor.
Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam os mesmos tratamentos dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô. – Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça. Eles eram guerreiros cumprindo ordens e seus líderes é quem devem pagar!
E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes e destruindo-os completamente. Em seguida, libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.